domingo, 24 de maio de 2015

Virtualização de Sistemas Operacionais – Máquinas Virtuais

No post de hoje vamos falar sobre a virtualização de sistemas operacionais. Para facilitar o seu entendimento, caro leitor, vamos falar mais especificamente de máquinas virtuais, modo de virtualização mais comum para usuários domésticos. Recomendamos a leitura os posts anteriores para a obtenção de conceitos e noções básicas sobre esse tema.

A primeira coisa que um usuário comum pensa ao ver a palavra “virtualização” em algum lugar é a possibilidade de executar vários sistemas operacionais simultaneamente dentro de um. Realmente essa é uma das vantagens de ter um sistema operacional rodando virtualmente, mas isso pode se expandir a várias aplicações como vimos nos últimos posts do blog. A virtualização é possível na maioria dos sistemas atuais. Você pode rodar Windows dentro de Windows, Windows dentro de Mac, Linux dentro de Windows, são várias possibilidades. Tudo depende da potência do computador a ser utilizado. Mas como fazer isso? É por isso que precisamos falar de máquinas virtuais.
Exemplo de máquina virtual: Windows XP rodando no
Windows 7 (Fonte da Imagem: Tkp News)

   Uma máquina virtual é ambiente computacional em que um sistema operacional ou programa pode ser instalado e executado. De maneira mais simplificada, podemos dizer que a máquina virtual funciona como um “computador dentro do computador”.  Hoje em dia, criar uma máquina virtual é muito simples: basta instalar um programa dentro do seu computado. É dentro desse programa que você irá criar um disco rígido virtual e poderá executar um sistema operacional inteiro a partir dele. Para executá-lo é necessário que haja recursos na máquina hospedeira para poder suprir a carga necessária, até porque um sistema virtual é semelhante a um sistema “real” até na questão de consumo de recursos. Você pode rodar um sistema com o mínimo de recursos, esperando o mínimo de resposta do sistema ou dedicar grande parte da memória e disco para que tudo funcione razoavelmente bem.

Máquinas virtuais são extremamente úteis no dia a dia, pois permitem ao usuário rodar outros sistemas operacionais dentro de uma janela, tendo acesso a todos os softwares que precisa. Elas são usadas em diversos casos, como no lançamento de programas e SO’s ainda em estágio de desenvolvimento. Dessa forma, você não se torna refém de aplicativos inacabados que podem apresentar diversos bugs. A máquina virtual irá alocar, durante a execução de sistemas operacionais, uma quantidade definida de memória RAM. Ela normalmente emula um ambiente de computação física, mas requisições de CPU, memória, disco rígido, rede e outros recursos de hardware serão todos geridos por uma “camada de virtualização” que traduz essas solicitações para o hardware presente na máquina.

As máquinas virtuais são capazes de “enganar” os programas e sistemas operacionais, pois eles acreditam que estão sendo executados diretamente no hardware físico, e não dentro de uma simulação. Por isso, eles podem ser instalados da mesma forma que seriam dentro do sistema operacional. Além disso as mesmas podem servir de ambiente seguro para acesso à serviços na internet. Como ela é facilmente “reparada” no caso de problemas, ela não estará com nenhum tipo de programa malicioso. Quando o diretor de pesquisa da empresa finlandesa F-Secure veio ao Brasil investigar as fraudes bancárias, uma das soluções propostas por ele foi o uso de máquinas virtuais.

Ainda não se tem notícia de códigos maliciosos que tentem capturar dados dentro de máquinas virtuais, ou que consigam capturar os dados do host quando executados dentro de um sistema virtualizado.  No entanto, por serem sistemas virtualizados, tudo em execução nas máquinas virtuais é mais lento. Ela não serve, por exemplo, para executar jogos 3D. Alguns emuladores (de jogos e outros) também podem não funcionar em uma máquina virtual, por também dependerem das funções de virtualização do processador.

Existem no mercado diversos programas que criam máquinas virtuais. Os mais notáveis são o VirtualBox, da Sun, o VMWare, o VirtualPC da Microsoft e o Xen. Todos têm alguma versão gratuita ou são gratuitos com algumas restrições. O VirtualPC, por exemplo, é gratuito para qualquer usuário de alguma versão corporativa do Windows, como o Vista Business ou Windows XP Pro. O VirtualBox oficial é gratuito apenas para o uso doméstico, mas existe uma versão recompilada do programa (que é software livre) que pode ser executada sem restrições, mesmo em ambientes comerciais. O VMWare disponibiliza o VMWare Player, que permite rodar máquinas virtuais criadas pelas versões completas do programa. Existem máquinas virtuais prontas, disponíveis na internet, que podem ser executadas pelo VMWare Player, especialmente distribuições Linux. O Xen também é software livre e, portanto, 100% gratuito, mas funciona apenas no Linux.

E então, gostou? Deixa seu comentário aí em baixo e até o próximo post!


Referências:

“A virtualização de sistemas operacionais para usuários domésticos” por Caio Alexandre - http://www.guiadopc.com.br/artigos/19180/virtualizacao-sistemas-operacionais-usuarios-domesticos.html

“O que são máquinas virtuais?” por Roberto Hammerschmidt - http://www.tecmundo.com.br/maquina-virtual/232-o-que-sao-maquinas-virtuais-.htm

“Saiba o que são máquinas virtuais e como elas ajudam na segurança do PC” por Altieres Rohr - http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1252543-6174,00-SAIBA+O+QUE+SAO+MAQUINAS+VIRTUAIS+E+COMO+ELAS+AJUDAM+NA+SEGURANCA+DO+PC.html

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